Covid: não são só números, são vidas perdidas e famílias destruídas

por | mar 31, 2021 | Direito de Família | 0 Comentários

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Com muito carinho e agradecimento pelas orações de todos vocês, resolvi escrever esse texto para relatar minha experiência com essa doença que está destruindo o bem que eu mais me dediquei para salvar, ajustar e acolher: famílias. Não foi à toa que escolhi o direito de família para seguir minha carreira, sou privilegiada em ter uma família unida e o exemplo do casamento de 51 anos dos meus pais, luto para ajudar as famílias a encontrarem o melhor formato para viver. Como a nova cepa está mais agressiva, estamos perdendo pessoas amadas, avós, pais, tios, filhos. São vidas e não números.

Há um mês tive a notícia que meu pai havia contraído a covid-19 e logo em seguida minha mãe. Prontamente fiz minhas malas e fui cuidar das pessoas que me deram a vida. Parti do Recife para Unaí – Minas Gerais, sem pensar em quaisquer consequência, apenas em salvar meus pais e familiares. Meu pai teve muito soluço por estar com falta de ar, no qual resultou em sua internação na UTI, a contaminação atingiu minha mãe, minha irmã e minha sobrinha. E, claro, acabei também sendo morada para o vírus.

Foram dias de muitos sofrimentos. Meu pai na UTI e logo minha mãe entrou. Meu pai permaneceu por 30 dias no hospital no qual acabei sendo internada depois de cinco atendimentos na emergência. E neste tempo, minha mãe na UTI sendo poupada da notícia que eu também estava na UTI. Sim, precisei de cuidados intensivos pela gravidade do meu acometimento pulmonar, assustei muito com aqueles inúmeros aparelhos da UTI, aqueles sons, meu Deus…

Nunca passei por momentos tão desesperadores e angustiantes, em 6 dias de UTI, ouvi gritos das enfermeiras e barulhos do socorro aos pacientes intubados que estavam tendo paradas cardíacas, pedi as enfermeiras para me darem banho no leito, não conseguia me movimentar, eu estava para ser intubada, a saturação não subia, tive esta piora por contrariedades emocionais, fiquei três noites sem dormir.

As fisioterapeutas intensificaram as sessões de VNI – Ventilação não Invasiva nos Pulmões, no qual o emocional ficou muito abalado, mas a sessão não teve o resultado esperado, a saturação não subiu, chorei e falei com Deus: seja feita sua vontade. Pensei muito como seria minhas filhas aqui na terra sem mim e minha subida para casa do Pai. Em outro momento, comecei a rezar e clamar a Deus por horas que minha saturação subisse, estava com muito medo da morte, graças a Deus a tranquilidade e paz veio ao meu coração.

Com muita luta, dependente de 18 litros de oxigênio, e com a ajuda dos anjos que são os profissionais da saúde, superei a fase mais crítica da doença. Estou muito debilitada e de repouso, fazendo fisioterapia pulmonar e com acompanhamento do médico para restabelecer minha saúde física e emocional.

Enfim, vim aqui para reforçar a minha preocupação com essa doença que está matando muita gente. Não é simples nem fácil se livrar dela e de suas implicações na nossa saúde mental e nos nossos lares. Precisamos unir este país em prol da vacina e controle desta doença. Vamos todos cobrar das autoridades ações de combate ao coronavirus e campanhas para reforçar os cuidados de prevenção. E, nós, façamos também a nossa parte: lavar sempre as mãos, usar máscara e respeitar o distanciamento social. Vamos juntos derrotar esse inimigo da vida e das nossas famílias!
Cuidem-se![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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