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por danielle | maio 25, 2022 | Direito de Família | 0 Comentários
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Você provavelmente conhece alguém que se separou e tem ideia do quanto é doloroso esse processo. Apesar da melhora no quadro da covid-19 e o abrandamento das medidas restritivas, nosso país atingiu 80.573 atos de divórcios em 2021, de acordo com o Colégio Notarial do Brasil. Esse é um número recorde da série histórica iniciada em 2007. Mas o que pode estar causando tamanha insatisfação entre os casais? Vamos entender um pouquinho?
Há aproximadamente 10 anos, os casamentos duravam em média 15 anos, segundo pesquisa do IBGE. Em 2020 essa margem reduziu para 12 anos. São muitos os motivos que levam a uma separação, tal como o desrespeito à individualidade, os objetivos diferentes e até o modo de criação do filho. O isolamento social durante a pandemia e o teletrabalho modificou consideravelmente a rotina dos casais,.
Durante o momento pandêmico foi concedido aos cartórios a prática de atos notariais de escrituras, como divórcios, inventários, partilhas, compra e venda, doação e procurações de forma remota, porém com observâncias aos requisitos, como exemplo: o casal deve estar em consenso e não pode haver pendências judiciais em relação aos filhos menores ou incapazes. O divórcio é realizado pelo cartório de forma on-line, pelo computador ou celular via videoconferência e conduzida por um tabelião e advogado.
Como advogada de família, percebo que com advento da pandemia as relações e casamentos que já estavam fardados ao fracasso apenas tornaram o divórcio como forma única de solução dos problemas. De acordo com psicólogos, o desejo por oficializar as separações muitas das vezes acontece devido à sobrecarga física e emocional imposta pelo convívio em tempo integral entre os parceiros, o que acaba gerando vários desgastes e conflitos nesta convivência em ambiente doméstico.
Em um tempo de crise, estresse, insegurança e incerteza, tanto referente à saúde física, mental e emocional, bem como às questões financeiras e sociais, influencia e muito no relacionamento a dois, gerando irritabilidade, impaciência e intolerância. São questões que contribuem no distanciamento entre marido e mulher e, consequentemente trilha para o caminho do divórcio. Entendo que o pilar de um relacionamento é o respeito, lealdade e diálogo, e para tentar resgatar um relacionamento que tem amor e os dois pretendem os mesmos objetivos, o essencial é procurar a terapia de casal realizada num espaço neutro, seguro e sigiloso, onde o casal é acolhido em suas queixas e demandas afetivas.
Quando o casal não consegue dialogar, o profissional terapeuta irá intermediar e tentar com que o casal se entenda. Os resultados da terapia em casal acontecem mais brevemente quando ambos estão dispostos a restaurarem o casamento. Portanto, me fale aqui, todos temos problemas, certo? Talvez o caminho do divórcio não seja a solução deles, claro que quando existe agressões físicas e verbais, e impera o desrespeito, sua saúde e a paz não tem preço.